quarta-feira, 4 de maio de 2011

Provas do papel importante da hereditariedade na determinação da inteligência.

 1-  O Q.I. de gémeos idênticos educados no mesmo meio apresenta mais semelhanças do que o Q.I. de gémeos dizigóticos, de irmãos e de irmãs e de primos.
      Assim, quanto maior é a semelhança genética entre os indivíduos tanto mais semelhante é o seu Q.I. O Q.I. de gémeos idênticos educados juntos apresenta uma correlação de +0.90, enquanto o de irmãos apresenta uma correlação de +0.50 e o de primos de +0.15.
      Uma vez que os gêmeos idênticos são intelectualmente mais parecidos do que os gêmeos dizigóticos e desenvolvendo-se ambos os tipos de gêmeos em condições ambientais semelhantes, concluem os investigadores que as diferenças quanto ao nível de inteligência evidenciam o papel da hereditariedade.
 2- O Q.I. de crianças adotadas assemelha-se mais ao dos pais biológicos do que ao dos pais adotivos.
      Se a inteligência não fosse fortemente influenciada por fatores genéticos, biológicos, o Q.I. das crianças adotadas estaria mais próximo do Q.I. dos seus pais adotivos.
      A correlação entre o Q.I. de crianças adotadas e o dos pais biológicos é de + 0.40 a +0.50, ao passo a correlação entre o Q.I. de crianças adotadas e o dos pais adotivos é de +0.10 a +0.20 (Jenks, 1972; Munainger, 1978). Quanto maior a correlação mais forte a relação entre as variáveis. Neste caso, há uma maior relação entre hereditariedade e inteligência do que meio e inteligência.
 3- O Q.I. de gêmeos idênticos (que têm exatamente os mesmos genes) separados à nascença ou pouco depois é muito semelhante ao de gêmeos idênticos educados juntos.
      Este tipo de estudos é muito valorizado pelos geneticistas do comportamento. Com efeito, estudar gêmeos idênticos (que herdam os mesmos genes) educados e criados em ambientes familiares e socioculturais diferentes e, por vezes, extremamente opostos é considerada a melhor forma de separar as contribuições relativas da hereditariedade e do meio. Tal situação é importante porque se estabelece, em princípio, um contraste entre a identidade genética de cada par de indivíduos e a dissemelhança ambiental em que cada membro do par cresce e é educado. Quando, neste caso, tais gêmeos apresentam grandes semelhanças nas suas características conclui-se que a influência hereditária é bastante forte e decisiva. Se os gêmeos idênticos dispersos por diferentes ambientes revelarem diferenças significativas quanto a determinada característica conclui-se que há forte influência do meio.

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