A estética, embora subjetiva, é considerada um requisito importante nas relações sociais.
A procura pela beleza é justificada pela necessidade de integração social do indivíduo de maneira agradável, por elevar sua auto-estima e proporcionar-lhe satisfação.
Sendo o sorriso um elemento de destaque no indivíduo, as características qualidade e beleza do mesmo exercem grande poder de atração, tornando-o um objeto de constante avaliação.
Neste contexto, a população idosa ainda é marcada pelo estigma da falta de dentes, grande quantidade de cáries, doença periodontal e uso de próteses totais.
Em decorrência, tais indivíduos estão constantemente sujeitos a vivenciarem sentimentos de inferioridade e dificuldade no convívio social.
O objetivo desse trabalho foi identificar a satisfação com a aparência do sorriso e a integração social do idoso a partir da autopercepção de sua estética bucal. A amostra foi composta por 93 indivíduos, com idade de 60 anos ou mais, de ambos os sexos, atendidos na Clínica de Odontogeriatria da Universidade Vale do Rio Doce – UNIVALE, Governador Valadares, 2007. Para a coleta de dados foi utilizado o Índice Geriátrico para Avaliação de Saúde Bucal (GOHAI) e uma Entrevista Psicológica.
Em relação ao sexo, prevalecem as mulheres (61,3%) em relação aos homens (38,7%). A saúde bucal foi considerada precária pela maior parte dos idosos (67,7%). Apesar disso, sobressaem aqueles que estão satisfeitos (52,7%) com a aparência do seu sorriso, que nunca deixaram de comer com outras pessoas devido aos problemas bucais (80,6%) e que nunca deixaram de se encontrar com outras pessoas (73,1%).
Pode-se concluir que a maioria dos idosos tem uma autopercepção positiva de sua estética bucal, não manifestando sentimentos de inferioridade ou dificuldades no convívio social.
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